Textos
Alguns trabalhos abordando temas diversos, recentemente publicados em jornais e revistas, com suas referências bibliográficas.
O ÚLTIMO LIVRO DE ANTÓNIO CARREIRA

 Incansável pesquisador de documentos, principalmente relacionados com a temática cabo-verdiana, e com os quais elaborou diversos trabalhos, pode-se considerar António Carreira aquilo que se costuma denominar um “rato dos arquivos”.
Deste modo, ao longo das suas pacientes investigações detectou elementos do maior interesse que depois analisou profundamente, como foi o caso do material que conduziu à feitura do livro “A Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão” (São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1988).
Esta sua obra é composta de duas partes que se complementam entre si: Vol. I – O Comércio Monopolista: Portugal-África-Brasil na Segunda Metade do Século XVIII (ISBN-85-04-00220-9), “abrangendo a apreciação do movimento comercial segundo os sectores, as implicações de ordem económica, social e política resultantes de um empório tão vasto e importante, e suas repercussões no Portugal de então” (1); Vol. II – Documentos (ISBN-85-04-00221-7), que “contém apenas a documentação de base (estudo da empresa e sua alteração, quadros estatísticos, relações diversas, etc.) e serve de suporte ao texto principal: o Volume I”. (p.18)
Todavia, como resultado de aturadas buscas que levara a cabo em vários arquivos neste campo específico, já anteriormente escrevera sobre a mesma temática “As Companhias Pombalinas de Navegação, Comércio e Tráfico de Escravos entre a Costa Africana e o Nordeste Brasileiro” (Edição do Centro de Estudos da Guiné Portuguesa, em 1969).
Acerca desse trabalho, informa Carreira: “Com vista ao estudo específico do tráfico português de escravos na costa ocidental africana, realizei de 1965 a 1967, amplas pesquisas nos Arquivos de Lisboa e de Cabo Verde, resultando deles a publicação de um livro intitulado As Companhias Pombalinas (1969), com segunda edição no ano corrente”. (2)
Aquele seu estudo foi alvo de elogios por parte da crítica especializada, demonstrando o elevado interesse do ensaio e ainda a capacidade de trabalho do Carreira. De um alongado texto publicado no “Diário Popular”, respigamos alguns estratos: “Desejo tributar ao autor deste livro excepcional os meus parabéns de honra. Trata-se de uma obra básica, de excepcional profundidade, de leitura sempre instrutiva. É um trabalho de árdua pesquisa, trabalho que ordena, sistematiza e trás nova luz ao movimento comercial de intercâmbio Guiné-Angola-Nordeste do Brasil e Lisboa. (…) Importantíssimos documentos para a História de Cabo Verde e da Guiné e que jorram luz aberta sobre um dos mais lautos banquetes do proteccionismo mercantil da nossa vida económica.” (…) “O autor - António Carreira - apresenta um dos trabalhos mais notáveis dos últimos anos, que merece ser divulgado, distribuído”. (…)
“A História do Brasil não mais pode ser feita sem consultar este livro, cujas estatísticas referentes à exploração do comércio de escravos para o Nordeste é de um rigor que satisfaz o mais exigente, sobretudo de interesse o estudo da mortalidade dos negros durante as viagens. Livro excepcional, de informação, de imparcialidade, de riqueza de leitura. Recomenda-se que seja enviado para todas as bibliotecas universitárias”. (3)
Algum tempo depois, o mesmo periódico dedicou-lhe um outro texto intitulado “A época pombalina e as suas repercussões na costa africana e no nordeste brasileiro”, do qual seleccionamos: “Cabe agora a vez de novo capítulo da actividade do Marquez de Pombal ser estudado por um magnífico investigador africano, investigador a quem no plano da etnografia, da sociologia, e da sócio-história, a cultura portuguesa muito deve. Refiro-me a António Carreira, cuja obra não me canso de ler, de estudar e de elogiar. E o seu mais recente trabalho – As Companhias Pombalinas de Navegação, Comércio e Tráfego de Escravos entre a Costa Africana e o Nordeste Brasileiro - é um exemplo de como se faz história pura, dimensionada a nossa autêntica dimensão como povo”.
Acrescentando ainda: “E foi desta forma que António Carreira chamou a si, publicando uma obra exaustiva, que ficará como um dos mais importantes trabalhos, senão o maior, deste investigador”. (…)
“António Carreira é o historiador objectivo, sereno, desapaixonado – perante uma problemática susceptível das mais inesperadas reacções. Como historiador interessa-lhe o problema e a documentação. As suas outras aptidões de etnógrafo e de sociólogo conduziram-no mais longe. Daí a complementaridade e a exemplaridade deste trabalho. Pois toda uma época e toda uma filosofia económica aqui ficam expostas, documentadas e julgadas, através de documentos na sua maioria inéditos”.
E mais adiante: “Ao terminar a leitura deste trabalho exaustivo fica-se com um horizonte mais vasto da nossa História, perfeitamente desvendado, e desvendado por quem sentia o problema: um investigador africano”. (…)
 “Claro que outros problemas poderão ser suscitados, na individualização de cada território”. (...) “Nesta costa ocidental da África e no latifúndio brasileiro (que também era um reino), este trabalho esmagador fica-se devendo a António Carreira, que não poupou de seus ócios para que fosse levado a bom termo”. (4)
Uma segunda edição daquele livro surgiu com o título “Companhias Pombalinas” (Editorial Presença, 1983) e mereceu a seguinte referência na imprensa da época: “Originalmente apresentado como um simples subsídio para o estudo da actividade das companhias pombalinas, o trabalho de António Carreira regressa em nova edição.
Agora, na Biblioteca de Textos Universitários da Presença, de título bastante mais encurtado (As Companhias Pombalinas) e, sobretudo, com a correcção de alguns erros de circunstância e o acrescento de umas tantas falhas posteriormente detectadas pelo autor. Sem perder, no entanto, o carácter inicial de subsídios para o estudo específico do tráfico de escravos exercido pelas companhias do Grão-Pará e Maranhão e de Pernambuco e Paraíba”. (5)
Contudo, nem todos os comentaristas terão sido da mesma opinião, levando António Careira a glosar: “Em 1969, quando publicamos as Companhias Pombalinas com a finalidade exclusiva de estudar a avaliação do tráfico de escravos da África para o Brasil, obra na qual incluímos bastante documentação, muita dela inédita, talvez mesmo despropositadamente ao volume do conjunto, surgiu um arremedo de historiador brasileiro que, possivelmente à falta de melhor argumento, nos apontou o exagero da documentação colocada em apenso”. (p.20)
Porém, esta passagem dá a entender o enorme volume de dados então recolhidos, que por certo o terão levado a preparar nova obra na mesma área. Assim, informa a propósito: “Em face dessas pesquisas compreendi que para além dos escravos muito mais importante havia a fazer em relação ao aspecto mercantil geral das empresas monopolistas. Prometi a mim mesmo proceder a detalhado levantamento na escrita da Companhia de Grão-Pará e Maranhão, cujo acervo principal pertençe ao Arquivo Histórico do Ministério das Finanças, embora existam pequenos núcleos em outros departamentos”. (6)
Tratando-se de uma tema caro para Carreira, continuou a coligir elementos, aos quais acrescentou o material que não integrara na já citada obra e, com base na sua experiência no âmbito dos estudos sobre a escravatura, preparou um novo livro. Para o efeito esclarece: “O trabalho das pesquisas decorreu seguidamente, em todos os dias úteis, de 10 de Janeiro de 1979 a 31 de Agosto de 1981. Parece que estivemos no cumprimento de uma promessa imposta por nós mesmos, desde o distante ano de 1965, em que pela primeira vez tomamos contacto com o acervo da Companhia” (p.23), portanto, resultado de pesquisas iniciadas cerca de vinte e cinco anos antes da publicação do seu último livro.
Salienta Zelinda Cohen que, para aquele estudioso, “os estudos referentes ao Brasil (como este) seriam como que um desdobramento natural para a compreensão daquela(s) área(s), já ao nível das relações comerciais triangulares criadas pelas metrópoles europeias. Aqui no Novo Mundo distinguir-se-ia como receptáculo da mercadoria mais preciosa da velha África: o negro escravo, cabendo portanto aprofundar o conhecimento sobre a América (especialmente a portuguesa), para melhor relacionar, entre outras coisas, a dependência que esta teve no contingente humano oriundo daquela”. (p.3)
Contudo, “o seu primeiro contacto com o Brasil deu-se em 1º de Abril de 1964. Nesta altura trabalhava como colaborador da Junta de Investigações Científicas do Ultramar, e na categoria de sua representante foi participar de um congresso sobre Sertanismo, realizado em São Paulo.
Voltaria três anos mais tarde (1967) como bolsista do governo brasileiro, já cm um projecto de pesquisa definido”. (p.4)
Daí o livro sobre que ora nos debruçamos ter sido “um terceiro momento, muito mais elaborado, das pesquisas anteriores, resultado de mais de vinte anos de informações coligidas”. (p.4)
Daí se constatar que o material integrante do livro em epígrafe ter começado, praticamente, a ser coligido com dados paralelos ao anterior, constituindo, ainda, tal procedimento uma demonstração da consciente dedicação do Carreira a uma investigação de cerca de trinta meses consecutivos, que quase atingira as raias de espírito de missão. Todavia, deixa escapar algum desalento ao acrescentar: “O cansaço e muito mais tarde a incerteza do destino a dar ao resultado das pesquisas com o conveniente detalhe forçaram-nos a desistir da sua execução. Assim, a dada altura, completado o levantamento das chamadas mercadorias da escravatura, dos escravos e dos géneros (Efeitos), pusemos termo ao trabalho”. (p.23)
Igualmente, “dadas por findas as pesquisas e a conferência dos elementos, pensei em redigir o estudo de conjunto, uma vez que representa(va) a primeira iniciativa do género a partir de pesquisadores portugueses (e mesmo de estrangeiros), visando a divulgação, no pormenor possível, do que foi o mercantilismo na época de Pombal”. (7)
Neste sentido acentuou Carreira: “Esses elementos permitiram-me elaborar quadros estatísticos (talvez mais de uma centena) referentes às mercadorias (tecidos, ferramentas, aguardente, chapéus de feltro, linho, sal, bens alimentares, etc.); e dos produtos importados (43 variedades), por anos, custos de origem, despesas, fretes, alcavalas e direitos cobrados pela Casa da Índia” (8), listagem que fornece bem uma ideia da profundidade das pesquisas por ele realizadas.
Registe-se, contudo, que após António Careira ter terminado esse seu estudo, não foi lhe nada fácil arranjar editor para o mesmo, na medida em que não conseguiu quaisquer patrocínios junto das diversas entidades a quem se dirigiu para o efeito. Logo, “ante o material recolhido, pus de parte a ideia de editar a obra à minha custa, por carência de meios financeiros e total ausência de apoios de instituições científicas ou culturais”. Mas, mesmo assim, “lembrei-me de recorrer à Imprensa Nacional – Casa da Moeda, a tentar interessá-la na edição da obra” (9), instituição à qual dirigiu uma extensa carta expondo a sua pretensão, acompanhando a mesma de uma pormenorizada descrição e o plano da obra que tinha em preparação.
Todavia, como essa tentativa não surtiu atempadamente efeito, António Carreira voltou a escrever ao Administrador da Imprensa Nacional – Casa da Moeda, na medida em que passado “quase um ano aguardo(ava) uma qualquer resposta, como parece da mais elementar cortesia”. (10)
Porém, a possibilidade de publicação do livro só viria a surgir com a cooperação de entidades brasileiras e daí o desabafo: “Nesta autêntica maratona, e depois de o trabalho ter sido rejeitado (sem sequer olharem para o seu conteúdo) por diferentes instituições portuguesas, ficou-nos a consolação de ter encontrado receptividade e acolhimento da parte de personalidades brasileiras: o Presidente da República, Dr. José Sarney, e o Embaixador Alberto da Costa e Silva. A este ficamos a dever o contacto com o primeiro Magistrado do grade País que é o Brasil” (p. 18). Por isso, em sinal de reconhecimento dedicou destacadamente o livro a ambos: “Homenagem – Ao Presidente da República do Brasil, Dr. José Sarney.  Ao Dr. Alberto da Costa e Silva, Embaixador de Brasil em Portugal”.
 No entanto, supomos que para a publicação do livro no Brasil houve necessidade da importante intervenção do então Presidente José Sarney, como dá conta o seguinte nota manuscrita pelo próprio: “Sobre o António Carreira, todo o meu apoio. Vamos ajudá-lo e incentivá-lo a concluir o livro”. Recomendava ainda: “Dá-me notícias”, estrato que demonstra o interesse daquela alta entidade.
Este documento chegou ao António Carreira acompanhado com um cartão do Embaixador Alberto da Costa e Silva, em Portugal, também manuscrito nestes termos: “Meu caro Professor Carreira. Recebi do Presidente Sarney estas palavras sobre o seu livro em preparo. Vamos tocar o assunto para a frente!”. Tal informação era ainda reforçada pela carta de Pedro Fernando Brêtas Bastos, da Embaixada do Brasil em Lisboa: “Confirmando minhas palavras ao telefone, veja como no Brasil se está interessado no seu magnífico trabalho. Espero que a carta do Presidente José Sarney seja mais um estímulo ao preparo da sua obra”. (11)
Deduz-se, portanto, que naquela data o livro não estaria totalmente pronto. Possivelmente a evolução do processo foi um tanto demorado, na medida em que a concretização do projecto teve de contar com a colaboração de outras entidades brasileiras. Assim, António Carreira recebeu outra carta do Embaixador Alberto V. da Costa e Silva, comunicando: “Recebi hoje carta do Secretário-Geral daquele Ministério, Dr. Joaquim Itapary Filho, que me informa haver o Ministro Celso Furtado autorizado a edição e distribuição, ainda este ano, através do Instituto Nacional do Livro, de seu minucioso e profundo trabalho, no âmbito das comemorações do Centenário da Abolição, como acontecimento integrante do programa oficial do Governo brasileiro” (12), distinção que, como se compreende, valorizou grandemente o livro.
Perante tão honrosa informação, Carreira respondeu poucos dias depois ao Embaixador: “Deu-me, como deve calcular, imensa satisfação o saber do grande interesse que mereceu ao Dr. Joaquim Itapary Filho, Secretário do Ministério da Cultura do Brasil, o meu trabalho sobre a Companhia do Grão-Pará e Maranhão. A circunstância do referido estudo dever ser publicado ainda este ano – comemorativo do Centenário da Abolição da Escravatura – alegrou-me ainda mais. Daí que me atreva a solicitar a V. Exª a fineza de agradecer, em meu nome, ao Dr. José Itapary Filho as diligências por ele empreendidas para que a edição fosse prontamente aprovada pelo Ministro Celso Furtado. Devo no entanto deixar aqui bem explícito que a feitura da obra se ficou a dever, principalmente, ao empenhamento de V. Exª que, desde o primeiro momento, teve a percepção de quanto o tema poderá servir para o enriquecimento da cultura do Brasil.” (13)
O livro em apreço foi também enriquecido com um “Prefácio” da autoria de Zelinda Cohen (14), interessante estudo em que começa por realçar que “Carreira tinha um verdadeiro apreço pelas fontes primárias, e isto por duas razões: a primeira por ter compreendido que sem as mesmas não poderia chegar a uma abordagem superior de qualquer tema histórico (mormente em se tratando de áreas ainda muito pouco estudadas); a segunda, advinha de uma reacção a certos “estudos”, que não podendo prescindir das mesmas, as negligenciavam em favor de determinadas teorias”.
Ao debruçar sobre o seu conteúdo, Cohen informa que “remontando ao recuado século XV, o autor detecta as primeiras iniciativas de tipo associativo para explorações mercantis, mostra a evolução para o sistema de arrendamentos e deste para o das companhias de comércio; no sentido oposto, persegue a situação das comissões liquidatárias no seu longo período de existência. Completa ainda o panorama explorando aspectos que indirectamente contribuem para a compreensão do complexo criado em 1755. É o caso, por exemplo, do histórico que faz sobre a presença e decadência da posição portuguesa no ocidente africano”.   
Acrescenta relativamente ao segundo volume: “Meticulosamente escolhida e organizada, a colectânea possibilita ao leitor, que por acaso não esteja de posse do primeiro volume, construir uma ideia razoável sobre a formação e evolução de uma das mais importantes empresas do Período Pombalino. A ordenação está feita de um modo, a um só tempo, lógico e histórico. O autor começa pela apresentação dos estatutos da Companhia, prossegue no registo das partes prejudicadas com a criação, e finaliza com a exposição das cartas referentes ao funcionamento e actos ligados à sua extinção e liquidação”.
Também e complementarmente, Zelinda Cohen chama a atenção para “o diferente senso com que Carreira trata as questões relativas à costa africana e ao Brasil. O conhecimento empírico aliado aos estudos realizados por mais de quarenta anos sobre aquela área, o coloca totalmente à vontade na abordagem daquele sector, o que já não passa com o Brasil. (…) Nesta medida, quando na conclusão aventura-se a fazer a síntese de toda a história brasileira até ao século XVIII, peca por ir além do senso comum, ou melhor por utilizar posições, ao menos discutíveis”. (p.6)
Embora António Carreira tivesse solicitado ao Embaixador do Brasil em Portugal, que “envide(asse) os seus bons ofícios para que as provas tipográficas do livro me sejam remetidas atempadamente a fim de proceder à sua revisão e consequente devolução. Um trabalho desta natureza deve ser dado ao público como menor número possível de gralhas” (15), acontece que este seu desejo não viria a se concretizar, porque bastante debilitado pela doença que o acometeu nos últimos tempos da vida, não acompanhou como desejaria todos os trâmites que conduziram à referida edição.
A ampla experiência acumulada, tanto através de aturadas pesquisas como também da sua vasta bibliografia, contribuíram para a elaboração deste excelente trabalho, que António Carreira concluiu contando já com mais oitenta anos de idade, mas infelizmente não assistiu à efectiva publicação do seu último livro, visto ter falecido poucos meses antes de o mesmo ser dado à estampa.


Notas
1 - Carta de António Carreira a Joaquim Mestre, datada de 30-11-1983.
2 - Carta de António Carreira - Idem, Ibidem.
3 - LEITÃO, Ruben Andresen – “Livros Escolhidas” in Diário Popular nº 686, de 23-04-1970.
4 - CÉSAR, Amândio – “A época pombalina e as suas repercussões na costa africana e no nordeste brasileiro”, in Diário Popular, Lisboa, 1970.
5 - Suplemento do Diário de Notícias, datado de 16-04-1983.
6 - Carta de António Carreira a Joaquim Mestre, datada de 30-11-1983.
7 - Carta de António Carreira – Idem, Ibidem.
8 - Carta de António Carreira – Idem, Ibidem.
9 - Carta de António Carreira – Idem, Ibidem.
10 - Carta de António Carreira a Joaquim Mestre, datada de 30-10-1984.
11 - Cartão de Pedro Fernando Brêtas Bastos, datado de 02-09-1986.
12 - Carta do Embaixador do Brasil, datada de 29-01-1988.
13 - Carta de António Carreira, datada de 04-02-1988.
14 - COHEN, Zelinda, in “Prefácio” - A Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1988.
15 - Carta de António Carreira, datada de 04-02-1988.

(Artiletra, n.110, Novembro/Dezembro de 2011)