DIVERSOS

Investigador e escritor João Lopes Filho agraciado com medalha de mérito cultural

“Em reconhecimento pelo excepcional contributo prestado para a afirmação e expansão da Cultura cabo-verdiana, promovendo o conhecimento de Cabo Verde, a sua história e seus valores, tanto a nível nacional como no estrangeiro”, lê-se no despacho do gabinete do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, publicado na segunda-feira, atribuindo este galardão a João Lopes Filho.


João Lopes Filho nasceu em Ribeira Brava, ilha de São Nicolau, em 1943, e segundo recorda o texto da resolução que atribui a medalha de mérito cultural, em primeiro grau, – que se junta a várias outras distinções e prémios em países de língua portuguesa - , “é o principal investigador de Antropologia e Etnologia no país, sendo um dos mais premiados investigadores” de Cabo Verde.


“Ao longo de 40 anos de escrita publicou mais de três dezenas de títulos no âmbito de ensaios, crónicas e ficção, na sua maioria debruçando-se sobre a temática cabo-verdiana e muitos dos quais utilizados como manuais do ensino superior, para além de cerca de 200 artigos científicos insertos em revistas e jornais. Os textos de João Lopes Filho integram diversas antologias e coletâneas elaboradas em diferentes países”, lê-se ainda no mesmo despacho.


Em Portugal, estudou engenharia Agrária na Escola Agrícola de Santarém, obtendo 20 valores na sua dissertação e formou-se ainda em Administração Geral pela Universidade Técnica de Lisboa. Na mesma universidade, formou-se também em Ciências Antropológicas e Etnológicas, bem como em Ciências Sociais e Políticas e obteve depois o grau de Doutor em Antropologia, com especialidade em Etnologia, tendo complementarmente feito a sua agregação, com especialidade em Estudos africanos, na mesma universidade.


Como investigador, integra o Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa, o Centro de Estudos Africanos da Universidade de Lisboa e o Centro de Estudos das Migrações da Universidade Aberta, em Lisboa.


João Lopes Filho é ainda fundador e presidente da Fundação João Lopes - nome do seu pai e dedicada à Cultura, Ciência e Arte - e, igualmente, membro fundador da Academia Cabo-verdiana de Letras, da Academia de Ciências e Humanidades de Cabo Verde, da Sociedade Cabo-verdiana de Autores e do Pen Club de Cabo Verde.


“Homem dedicado à investigação e ao conhecimento, um grande estudioso da cultura cabo-verdiana, rigoroso e exigente, muito competente e respeitoso, reservado, extremamente humilde, frontal e de fino trato. Como o próprio diz, tem procurado servir Cabo Verde e o seu povo através da investigação, conhecimento e divulgação. Nunca cruza os braços perante o muito que há a fazer no seu campo de estudo”, acrescenta a resolução do Governo.

in EXPRESSO DAS ILHAS, LUSA
10 de Agosto de 2021

CONHEÇA OS VENCEDORES DA GALA “SOMOS CABO VERDE – OS MELHORES DO ANO”

A gala “Somos Cabo Verde – Os Melhores do Ano” aconteceu esta sexta-feira, 03, no Hotel Praia Mar e contou com a apresentação da cantora Nancy Vieira.

 

A iniciativa, da produtora Artemedia by Zwela, premiou treze personalidades de diversas áreas e atribuiu o Prémio de Mérito e Excelência ao grupo de Teatro Juventude em Marcha.

Saiba quem foram os vencedores da Gala:

Categoria Solidariedade

Verdefam: Associação cabo-verdiana para a Protecção da família

Categoria Voluntariado

Associação Ponta de Pom (SV): Associação Desportiva, Recreativa e Cultural Ponta d’Pom

Categoria Diáspora

Maria Celeste Correia

Categoria Investigação

João Lopes Filho

Categoria Moda

Alécia Morais

Categoria Desporto

Tubarões Azuis - Selecção de Cabo Verde de Futebol

Categoria Empresarial

Marisa Lopes Pina (Hotel e Restaurante em Chã das Caldeiras)

Categoria Comunicação Social / Televisão

Marco Rocha

Categoria Comunicação Social / Rádio

Carlos Santos

Categoria Comunicação Social / Imprensa Escrita / Online

Daniel Almeida

Categoria Cultura

Germano Almeida

Categoria Mulher do Ano

Eunice Maria Moniz Baessa

Categoria Homem do Ano

Honório Fragata

Prémio de Mérito e Excelência

Grupo Juventude em Marcha

in SAPO CV - SAPO LIFESTYLE / CELEBRIDADES
04 de Julho de 2015

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João Lopes Filho preside à Comissão Eleitoral da Uni-CV

O Ministério do Ensino Superior Superior, Ciência e Inovação nomeou o professor João Lopes Filho para presidir à Comissão que vai validar a eleição do próximo Reitor da Universidade de Cabo Verde, a ter lugar no dia 31 de Janeiro. Concorrem neste pleito o Reitor cessante, Paulino Fortes, e as professores Amália Lopes e Judite Nascimento.


Este pleito acontece três anos depois da interrupção do primeiro processo eleitoral feita pelo Governo em 2011. Só por isso, estas eleições já estão a ser consideradas um marco histórico, tendo em conta que pela primeira vez a comunidade académica vai poder escolher o seu dirigente.

A votação, directa e secreta, acontece a 31 de Janeiro, último dia contemplado para a eleição, segundo portaria do Ministério do Ensino Superior, Ciência e Inovação. Foram criados seis círculos eleitorais em todas as ilhas.

A homologação dos resultados acontece até 10 de Fevereiro. Um dia depois os resultados definitivos serão publicados. O empossamento do novo Reitor está agendado para o dia 14 de Fevereiro, na sede a Uni-CV.

in Site ASEMANA, 24 Jan 2014

Entrega de diplomas de cidadãos honorários e Mérito Municipal

"Dr. João Lopes Filho, investigador e homem de Cultura que se tem empenhado na valorização da Ribeira Grande e da Cidade Velha, demonstrando especial carinho por este Sítio Histórico;"

in Site LIBERAL, 31 Jan 2011

João Lopes Filho entre as personalidades distinguidas como Cidadãos Honorários de Cidade Velha

Foram escolhidas as personalidades que, a 31 de Janeiro de 2011, foram distinguidas pela Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago como Cidadãos Honorários da Cidade Velha, distinção que, pelo terceiro ano consecutivo, assinala um dos momentos mais altos da celebração do Dia do Município e das Festas do Santo Nome, que decorrem desde o dia 22 de Janeiro. Como nas celebrações anteriores tem acontecido, serão nesta data distinguidas personalidades da vida económica, cultural, social e política e também personalidades estrangeiras cuja actividade tem tido repercussões muito positivas na valorização da Cidade Velha e na projecção da sua imagem.

Assim, para este ano, foram designadas as seguintes personalidades para receber a distinção de Cidadão Honorário da Cidade Velha, em sessão solene, a decorrer no espaço do Convento de S. Francisco, no dia 31 de Janeiro, Dia do Município da Ribeira Grande de Santiago e também Dia da Diocese:

- D. Jaime Puyoles, coordenador e responsável pela Cooperación Española em Cabo Verde, como homenagem pelo seu enorme empenho no apoio ao desenvolvimento deste Município;
- Drª Iva Cabral, emérita investigadora, cujos trabalhos sobre História, nomeadamente os incluídos na História Geral de Cabo Verde, merecem muito particular atenção e aplauso e são fundamentais para o conhecimento da História da Ribeira Grande de Santiago e de Cabo Verde;
- Dr. João Lopes Filho, investigador e homem de Cultura que se tem empenhado na valorização da Ribeira Grande e da Cidade Velha, demonstrando especial carinho por este Sítio Histórico;
 -Eng. Silvino Lima, empresário que, desafiando obstáculos e contrariedades, ousou investir, com obra notável e hoje emblemática, para o desenvolvimento da Ribeira Grande de Santiago;
e
 -Dr. Carlos Wohnen Veiga que, enquanto Primeiro Ministro de Cabo Verde, tomou a iniciativa de promover e deu total apoio aos trabalhos que acabaram por permitir elevar Cidade Velha a Património Nacional e Património da Humanidade. Esta homenagem é tanto mais devida e justa quanto, no passado, foram já homenageadas outras personalidades que também tiveram papel emérito na valorização de Cidade Velha, designadamente o Presidente da República, comandante Pedro Pires, e os ex-ministros da Cultura da República de Cabo Verde Dr. David Hopffer Almada, Arq. António Jorge Delgado, e Dr. Manuel Veiga.

Com as distinções que este ano são consignadas, a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago mais uma vez comprova a sua total abertura, distinguindo aqueles que contribuíram para a promoção de Cidade Velha, Berço da Nação cabo-verdiana, sem para isso se subordinar a opções político-partidárias, reconhecendo mérito a quem efectivamente o merece.


Comissão Organizadora das Festas do Santo Nome de Jesus, Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, 20 Jan 2011

 

Cânticos para Salvação das almas resistem em S. Nicolau

Em povoados recônditos da ilha de S. Nicolau, em Cabo Verde, o povo ainda preserva hoje um culto secular de fazer cânticos oratórios para salvação das almas do purgatório.

O culto de orar pelas almas dos falecidos, que instituiu no ano de 998 o abade S. Odilón, de Cluny (França), é reeditado em S. Nicolau no dia dos fiéis defuntos, a 2 de Novembro de cada ano.

São orações legadas de geração em geração, ou improvisadas pelos próprios diante das campas, a pedir a Deus para enviar para o céu a alma dos seus antepassados, e de outras pessoas que na terra já não tem quem por eles peça.

É uma tradição que envolve homens e mulheres, embora estas sejam mais propensas a realizá-la. No entanto, é também uma tradição que se vai perdendo por não encontrar aderentes entre as pessoas mais jovens.

A septuagenária Serafina Eugénia Soares, da localidade de Praia Branca, esquecida no interior da ilha, é uma das poucas pessoas que mantêm há décadas esse hábito de entoar os cânticos oratórios pelas almas do purgatório.

João Lopes Filho, nascido nesta ilha, e actualmente professor na Universidade Nova de Lisboa (Portugal), afirma que a permanência do bispado em S. Nicolau durante quase dois séculos, desde 1786, "determinaram de certa maneira a religiosidade do sanicolense".

Com algumas similitudes com os cânticos "para as almas", existem as "Divinas", igualmente hinos religiosos que antigamente eram entoados em festejos e nos rituais fúnebres.

Esta tradição, das "Divinas", que se presume enraizada também desde a segunda metade do século XVIII, encontra-se já em extinção e apenas é reeditada pontualmente nalguma cerimónia fúnebre.

O antropólogo João Lopes Filho afirma tratar-se de um cântico religioso não litúrgico que a tradição oral deixa antever que teria sido organizada pelo bispo Frei Cristóvão de S. Boaventura.

De acordo com esse professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, uma das versões sobre a origem desta devoção é de que um barco pertencente a um armador sanicolaense foi apanhado por um temporal e andou largo tempo à deriva. Nessa angústia compôs uns versos à Virgem Maria prometendo canta-los se a sua tripulação se salvasse.

O barco conseguiu chegar a terra, presumivelmente por altura das festas de Nossa Senhora do Rosário, passando então a associar-se a este culto, celebrado no primeiro Domingo de Outubro.

Outra versão, inscrita por Lopes Filhos na sua obra "Retalhos do Quotidiano", é que as "Divinas" são cânticos para chamamento de "boas águas" e, por isso, serem associados ao período considerado mais crítico do ano agrícola.

Primitivamente, as "Divinas" seriam associações religiosas de carácter mutualista (de entreajuda entre os seus membros), para a qual contribuíam os associados com uma quota mensal ou anual. Uma tradição enraizada em Cabo Verde e que hoje se preserva na ilha de Santiago através das associações de "Tabanca".

Cada bairro da vila da Ribeira Brava, sede administrativa da ilha, e da diocese de Cabo Verde, tinha a sua divina, e a partir daí foi-se difundindo para as principais aldeias, tendo cada uma o seu patrono.

Antigamente organizavam festas, que terminavam com um leilão de produtos agrícolas. Entoavam também os cânticos, versos rimados que a tradição oral foi adulterando e modificando, mercê da criatividade ou das "poucas letras" de quem os ia transmitindo.

Esses cânticos, originalmente - segundo João Lopes Filho -, estavam divididos em várias partes. "Rosário de Maria", "Santíssima Trindade", "Salve-Rainha", "Jesus Santíssimo", "Ave-Maria" e "Clemência".

Conta-se que antigamente cantavam também as "Divinas", na Quaresma, na Sexta-feira da Paixão, e nas cerimónias fúnebres de algum membro da associação mutualista.

Na aldeia da Praia Branca esta tradição ainda existe, mas quase só na memória de pessoas idosas. E na ilha de S. Nicolau, dizem, ainda existem alguns resquícios dela no povoado vizinho de Ribeira da Prata.

Antónia Josffa, Maria José e Maria da Luz Lopes (ou Bia Naná) antigamente chegaram a cantar as "Divinas" na Praia Branca, mas afirmaram à agência Lusa que essa tradição já não existe na sua genuína dimensão.

O desinteresse dos mais jovens, e o avançar da idade de quem tinha a tradição enraizada, ditam o declínio. Bia Naná admite que esses cânticos chegam por vezes a ser entoados na igreja e na casa, por homens e mulheres, nas cerimónias fúnebres de uma pessoa amiga. E também entre o sétimo e o nono dia após o falecimento, a pedir pela salvação da alma do defunto.

Bia Naná, hoje com 71 anos, aprendeu a cantar "Divinas" aos 14 anos com a sua mãe. A sua avó também era cantadeira. Normalmente a tradição difundia-se assim, de pais para filhos.

Estes cânticos presumivelmente surgidos na segunda metade do século XVIII, quer das "Divinas", quer "Para as Almas", são hoje entoados em crioulo e português. Mas, o musicólogo e compositor cabo- verdiano Vasco Martins adianta que chegou a haver cânticos das "Divinas" em latim arcaico.

Nas igrejas aos cânticos das "Divinas" costumava associar-se o pároco, o que faz lembrar uma tradição que pontualmente ainda se vai fazendo em Portugal, em aldeias, a das "missas cantadas".

In Notícias Lusófonas,  por Francisco Fontes da agência Lusa, 03 de Novembro de 2003

 

João Lopes Filho exorta à preservação do núcleo histórico de São Filipe

João Lopes Filho, Antropólogo e professor universitário, defendeu, na sexta-feira, na Cidade de São Filipe, a conjugação de esforços para preservar o núcleo histórico de São Filipe que ele diz ter exemplares de rara beleza e de muita qualidade.

Lopes Filho, que proferia na Casa da Memória, uma conferência sobre “defesa e preservação do património de Cabo Verde”, salientou que o arquipélago tem um património rico, seja natural como cultural, que entretanto, não tem sido devidamente preservado nem valorizado.

O Antropólogo e professor universitário relembrou que São Filipe é o segundo núcleo populacional construído em Cabo Verde, após a Ribeira Grande de Santiago, conforme a Inforpress.

Observou, no entanto, que tendo em conta que o património de Ribeira Grande não é tão consistente e representativo, nada melhor como concentrar esforços para preservar o núcleo histórico de São Filipe.

Para o Antropólogo e professor universitário, os projectos e programas do governo tem sido bastante aliciantes, mas segundo ele, nota-se uma grande distância entre o que se escreve e o que se faz em matéria da preservação do património natural e cultural.

Lopes Filho é de opinião de que grande parte da descaracterização do património está nas mãos do poder local, embora o Ministério da Cultura poderá dar o seu parecer e impedir certas agressões.

“O património é de todos. É uma herança comum e todos poderão dar uma grande ajuda na sua preservação”, advogou João Lopes Filho, para quem, o que tem faltado é o conhecimento e a necessária sensibilização. “Quem não conhece não ama e quem não ama não defende”, sublinhou, defendendo  a necessidade de levar o conhecimento de pertença para que todos tomem consciência da identidade cultural.  

Nesta matéria, Lopes Filho considera que caberá as escolas um “papel importante” na sensibilização, porque, conforme anotou, não existe a mínima referência ao património ao longo da formação dos estudantes.  

“Deviam começar no básico passando pelos vários escalões até se chegar ao superior para ter técnicos especializados no domínio de preservação do patrimonio”, disse João Lopes Filho.

A conferência consistiu na definição e identificação do patrimonio natural e cultural de Cabo Verde com exemplos de sucesso em termos de preservação e de descaracterização de alguns, tudo no sentido de sensibilizar as pessoas para encontrar fórmulas e caminhos para preservar o património de Cabo Verde.

Além de proferir a conferência, João Lopes Filho, que visitou a ilha do Fogo pela primeira vez, a convite da Casa da Memória, estabeleceu contactos com professores de história e de cultura cabo-verdiana, alunos do terceiro ciclo e com várias personalidades ligadas à cultura da Ilha.

O Antropólogo visitou ainda o centro histórico da Cidade e a localidade de Chã de Caldeiras.

 In Portal da Ilha do Fogo,  26 de Maio de 2008

 

Seminário Património, Museologia e Autarquias, 24, 25 e 26 de Novembro

“O património é considerado hoje em dia em Cabo Verde como um factor de primordial importância para a consolidação do processo de desenvolvimento, presentemente em curso, o que implica que devam ser criadas condições adequadas à gestão dos valores que o integram. A valorização do património perfila-se como um forte contributo para a promoção das actividades turísticas, sendo esse outro dos objectivos que canalizam a atenção dos responsáveis pelo país.” – Henrique Coutinho Gouveia (Doutor em Antropologia – Museologia).

Neste sentido, a Universidade de Cabo Verde, em parceria com as Associações de Municípios e em a articulação com entidades como a AEDES-ISCSP e o CEHFCi-UE,irá realizar, nos dias 24, 25 e 26 de Novembro um Seminário sobre “Património, Museologia e Autarquias”, no Canpus do Palmarejo.

 Este encontro constitui o instrumento de arranque do “projecto de análise e diagnóstico do panorama patrimonial e museológico dos Municípios caboverdianos”.

A ilha de Santiago irá constituir o primeiro cenário de efectivação desse projecto, que passará depois a ser extensivo à totalidade do país.

“Esta iniciativa preliminar deverá facultar aos dirigentes municipais o saber especializado capaz de contribuir para uma melhor fundamentação das políticas a definir e a implementar".

“Proporcionar-se-á dessa forma àqueles que detêm uma maior capacidade de decisão a nível local, um capital de conhecimentos susceptível de contribuir para uma melhor fundamentação das políticas a executar. Julga-se que passarão também a dispor de uma melhor preparação para acompanhamento e inserção no projecto de que serão protagonistas”.

2º Sessão

25 de Novembro, 15h00 às 18h45

Conferência

15h00 às 17h00

Moderador: Prof. Dr. Filipe Themudo Barata

Conferencista: Prof. Dr. João Lopes Filho

In www.unicv.edu.cv, por Margarida Conde de 29 de Outubro de 2010

I Seminário de Estudos Cabo-verdianos

A programação do evento foi composta por conferências proferidas por escritores, pesquisadores e artistas oriundos de Cabo Verde, compondo um painel dos principais temas cabo-verdianos: história, língua(s), cultura popular (tradições orais, música popular, rituais, culinária e artefatos/artesanato), literatura, pintura. Às conferências sucederão debates coordenados por um professor da área de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, mais especificamente de Literaturas Africanas.

As sessões forão gravadas com vistas a uma primeira publicação sobre o tema.

Além dessas atividades, ao evento estiverão associadas uma mostra de vídeos/filmes sobre Cabo Verde, a audição de música crioula, nas suas várias modalidades, o lançamento de livros e uma exposição de pintura e artesanato.

Conferência: João Lopes Filho (Antropólogo, Coordenador do Mestrado em Patrimônio e Desenvolvimento, Universidade de Cabo Verde-UNICV) - Bases da cultura cabo-verdiana

in Site seminariodeestudoscaboverdianos.org, 25 de Novembro de 2008


Carlos Veiga e filha de Amílcar Cabral entre os distinguidos

 Ribeira Grande de Santiago , 20 Janeiro - Estão já escolhidas as personalidades que, no próximo dia 31 de Janeiro, são distinguidas pela Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago como Cidadãos Honorários da Cidade Velha, distinção que, pelo terceiro ano consecutivo, assinala um dos momentos mais altos da celebração do Dia do Município e das Festas do Santo Nome, que decorrem desde o dia 22 de Janeiro. Como nas celebrações anteriores tem acontecido, serão nesta data distinguidas personalidades da vida económica, cultural, social e política e também personalidades estrangeiras cuja actividade tem tido repercussões muito positivas na valorização da Cidade Velha e na projecção da sua imagem. O presidente do MpD, Carlos Veiga, e Iva Cabral, filha do herói da Pátria cabo-verdiana são alguns dos eleitos.

Assim, para este ano, foram designadas as seguintes personalidades para receber a distinção de Cidadão Honorário da Cidade Velha, em sessão solene, a decorrer no espaço do Convento de S. Francisco, no dia 31 de Janeiro, Dia do Município da Ribeira Grande de Santiago e também Dia Diocese:

  • D. Jaime Puyoles, coordenador e responsável pela Cooperación Española em Cabo Verde, como homenagem pelo seu enorme empenho no apoio ao desenvolvimento deste Município;
  • Drª Iva Cabral, emérita investigadora, cujos trabalhos sobre História, nomeadamente os incluídos na História Geral de Cabo Verde, merecem muito particular atenção e aplauso e são fundamentais para o conhecimento da História da Ribeira Grande de Santiago e de Cabo Verde;
  • Dr. João Lopes Filho, investigador e homem de Cultura que se tem empenhado na valorização da Ribeira Grande e da Cidade Velha, demonstrando especial carinho por este Sítio Histórico;
  • Eng. Silvino Lima, empresário que, desafiando obstáculos e contrariedades, ousou investir, com obra notável e hoje emblemática, para o desenvolvimento da Ribeira Grande de Santiago;
  • Dr. Carlos Wohnen Veiga que, enquanto Primeiro Ministro de Cabo Verde, tomou a iniciativa de promover e deu total apoio aos trabalhos que acabaram por permitir elevar Cidade Velha a Património Nacional e Património da Humanidade. Esta homenagem é tanto mais devida e justa quanto, no passado, foram já homenageadas outras personalidades que também tiveram papel emérito na valorização de Cidade Velha, designadamente o Presidente da República, comandante Pedro Pires, e os ex-ministros da Cultura da República de Cabo Verde Dr. David Hopffer Almada, Arq. António Jorge Delgado, e Dr. Manuel Veiga.

Com as distinções que este ano são consignadas, a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago mais uma vez comprova a sua total abertura, distinguindo aqueles que contribuíram para a promoção de Cidade Velha, Berço da Nação cabo-verdiana, sem para isso se subordinar a opções político-partidárias, reconhecendo mérito a quem efectivamente o merece.

in Site LIBERAL, 21 de Janeiro de 2008


Entrega de diplomas de Cidadãos Honorários e Mérito Municipal

Cidade Velha, 31 Janeiro - Com a presença de representantes das Câmaras Municipais de Guimarães e Ponte de Lima, decorrem durante o dia de hoje, segunda feira, na Cidade Velha, as celebrações do Dia do Município da Ribeira Grande de Santiago e do Dia da Diocese. Uma sessão solene, a decorrer no Convento de S. Francisco, assinala a efeméride, durante a qual serão entregues Diplomas de Cidadãos Honorários e, o que acontece pela primeira vez, Diplomas de Mérito Municipal.

São este ano distinguidos como Cidadãos Honorários

  • D. Jaime Puyoles, coordenador e responsável pela Cooperación Española em Cabo Verde, como homenagem pelo seu enorme empenho no apoio ao desenvolvimento deste Município;
  • Drª Iva Cabral, emérita investigadora, cujos trabalhos sobre História, nomeadamente os incluídos na História Geral de Cabo Verde, merecem muito particular atenção e aplauso e são fundamentais para o conhecimento da História da Ribeira Grande de Santiago e de Cabo Verde;
  • Dr. João Lopes Filho, investigador e homem de Cultura que se tem empenhado na valorização da Ribeira Grande e da Cidade Velha, demonstrando especial carinho por este Sítio Histórico;
  • Eng. Silvino Lima, empresário que, desafiando obstáculos e contrariedades, ousou investir, com obra notável e hoje emblemática, para o desenvolvimento da Ribeira Grande de Santiago;
  • Dr. Carlos Wohnen Veiga que, enquanto Primeiro Ministro de Cabo Verde, tomou a iniciativa de promover e deu total apoio aos trabalhos que acabaram por permitir elevar Cidade Velha a Património Nacional e Património da Humanidade. Esta homenagem é tanto mais devida e justa quanto, no passado, foram já homenageadas outras personalidades que também tiveram papel emérito na valorização de Cidade Velha, designadamente o Presidente da República, comandante Pedro Pires, e os ex-ministros da Cultura da República de Cabo Verde Dr. David Hopffer Almada, Arq. António Jorge Delgado, e Dr. Manuel Veiga.

Com o Diploma de Mérito Municipal são homenageados:

  • Rosalina Monteiro Barreto – professora e contadora de histórias, divulgadora da memória histórica da cidade Património da Humanidade;
  • Padre Custódio Ferreira Campos – sacerdote que, ao longo de muitos anos, tem sido o bom conselheiro e o guia espiritual de gerações da Ribeira Grande de Santiago;
  • Henrique Semedo – enfermeiro, cuja actividade incansável tem sido, também ao longo de anos, a garantia de assistência, em termos de Saúde, dos habitantes deste Município;
  • Augusto Barros (a título póstumo) – professor que foi o educador de múltiplas gerações de ribeira-grandenses, acarinhado em vida pela generalidade da população e uma das referências do Município;
  • Joana Barreto – enfermeira, cuja acção incansável no interior do Município da Ribeira Grande de Santiago, foi o único suporte para os cuidados de saúde indispensáveis para a população ribeira-grandense;
  • José Moreira dos Santos – insigne ribeira-grandense que sempre se devotou á valorização e dignificação da Ribeira Grande de Santiago e da Cidade Velha;
  • Jacinto Vaz (Armindo Preto) – contador de histórias a quem se deve a preservação de muito da tradição oral chegada às novas gerações.

Chegam, assim, ao fim as celebrações de Nho Santu Nomi, na Cidade Velha, este ano prejudicadas pelas circunstâncias que envolvem a campanha eleitoral em curso, que obrigaram a anular alguns dos actos previstos na programação inicial.

in Site LIBERAL, 31 de Janeiro de 2008